Oferta e Procura – Lucro ou prejuízo?
Mais uma vez nem à tona no Jornal Nacional a falta de tino de
Gestão na Hotelaria Nacional, eu sei que se junta a esta a GRITANTE falta de
conhecimento - Brasília um dos melhores mercados do Brasil, e a Vergonha de
quadruplicarem preços de diárias, por conta de uma abertura de copa. ISSO É
INCONCEBÍVEL, pois fica clara a falta de Gestão Hoteleira dos Senhores
responsáveis ou irresponsáveis por esses hotéis.
Não é assim que se rentabiliza um empreendimento, mas vamos
iniciar como uma analogia com algo que é paixão de grande parte dos Brasileiros.
Dois automóveis, você escolhe o que quiser, eu fico com qualquer carro entre
1,8 e 2,5 de cilindrada. Saímos de São Paulo e vamos para Curitiba, se você
está de Ferrari ou qualquer outro carrão que tenha escolhido vai chegar
primeiro que eu, certo? ERRADO. Você vai andar algumas vezes muito fora da lei,
vai acelerar sua Ferrari e passar dos 200 Km/hr eu nunca vou passar dos 130.
Km/hr e acredite vou chegar junto com você ou talvez até antes. Sem correr
altos riscos e numa eterna constância é esta que você não vai ter e que no
final terá uma média igual ou inferior à minha. De que lhe valeu?
Vamos sair dos carros e voltar à hotelaria. Sou fui e serei
contra a intervenção do Governo na iniciativa privada, mas os acontecimentos
relatados me fazem admitir que os “empresários” e seus gestores não têm
maturidade para se gerir sozinhos.
ISTO É UTÓPICO: - “As tarifas dos hotéis, para o fim de
semana do jogo, podem ser até quatro vezes maiores do que as do fim de semana
anterior. Em um três estrelas, uma suíte dupla, de luxo, sai por R$ 700 entre
os dias 7 e 9 de junho. E vai para R$ 2 mil, no fim de semana do jogo.”
O presidente da EMBRATUR senhor Flávio Dino veio à reportagem
e disse o que vocês estão fazendo de errado, pelo menos o que Ele sabe e é
muito correto. Estão sendo imediatistas, com essas mentalidades o Brasil um
País lindo com um potencial turístico formidável, nunca vai sair da
mediocridade em relação à captação de turistas do Mundo. Conheço Países e
agentes de viagem que me manteriam com 70% de ocupação real (não operacional
que é a que os hoteleiros apresentam nas estatísticas) durante o ano inteiro e
tanto em Gramado, Caxias Porto Alegre e Florianópolis que são lugares ditos
frios nesta época do ano – como em Salvador, e outras cidades maravilhosas
deste nosso Brasil, e porque não Brasília além de ser uma Cidade linda tem
arredores com potencial turístico grande. Mas para isso precisa-se ser
Empresário e não Oportunista de plantão. Umas senhora deu uma explicação
primária e sobre a oscilação de preços, mas estava tão visivelmente insegura no
que dizia que até gaguejava.
Como minhas gestões são sempre fundamentadas no Revenue
Management, vão me perguntar: Mas você não aproveita os picos de demanda? Aproveito
só que não dessa forma, meus picos não dependem de influência externa o Grande
Gestor os provoca e se são do tamanho apresentados são na maioria das vezes
dentro de um único dia ou pelo menos sempre dentro da semana e eles quando você
está implantando um sistema surgem de tempos em tempos depois de mês em Mês,
depois de semana em semana e acreditem em menos de um ano eles são constantes e
diários, precisa de uma filosofia de Revenue Management bem implementada e
saber que isso não se resume a ritmo e distribuição de UH’s. Gerenciei durante
dois anos o Maior Hotel de Brasília, e eu fazia Overbooking 4 (quatro) vezes
por mês pelo menos, consciente e programado. Portanto eu tinha picos todos os
dias, mas isso levou uns meses para fazer, (não, não eram outros tempos era uma
gestão profissional) afinal peguei um Hotel Aberto e precisei implementar o
sistema, que para quem conhece, ele dá resultados um pouco mais rápido. No
nosso caso aparecem os resultados no quarto ou quinto mês.
Dirijo um empreendimento ou empreendimentos hoteleiros para
100 anos não para 100 Horas como estão demonstrando os senhores gestores de
Brasília. Vai para Brasília na copa das confederações quem não tiver alternativa
e vão sair dizendo que lá é caro que o BRASIL é caro e não voltam. É isso que
os senhores querem? Parece que é.
Depois vemos lá fora milhares de Brasileiros que vão lá
passear com as famílias porque é mais barato que no seu próprio País, então não
é assim de forma nenhuma que se vai desenvolver o Turismo Nacional. PRECISA
COMPETÊNCIA E CONHECIMENTO.
Isto posto preciso dar o braço a torcer e admitir que a
EMBRATUR na pessoa do Senhor Flávio Dino e o Ministério do Turismo precisam
intervir na iniciativa privada sob pena de o cenário piorar. Só lamento que
embora o Presidente da EMBRATUR em seu pronunciamento tenha mostrado o bom
senso, em apenas um dos fatores NEGATIVOS da atitude dos “empresários” da
hotelaria brasiliense. O que os Gestores de Brasília mostraram não ter, este
órgão não tenha GESTORES HOTELEIROS e sim tecnocratas que não deveriam
interferir, por desconhecer procedimentos técnicos de nossa gestão, mas urge
uma solução ou um treinamento a esses “senhores gerentes”, e creiam-me o
problema maior da Hotelaria Nacional tem sua solução só e exclusivamente de
Cima para baixo.
O cliente que só se torna seu Hóspede quando é bem tratado e
com dignidade e não com demonstrações cabais de oportunismo, precisa ser
respeitado, precisa poder planejar suas viagens, saber quanto vai pagar e
quanto vai gastar e não ser surpreendido pelos eternos oportunistas de plantão.
Determine quanto vai ganhar e ganhe o que se propôs a ganhar, este dado depende
de cálculos além de matemáticos e financeiros técnicos, mas ou o Hoteleiro se
conscientiza disso e aprende a trabalhar ou o Oportunismo reinante fada nossa
indústria do turismo a um fracasso maior do que já é. Se analisarmos
percentuais Mundiais o fluxo de Turistas para o Brasil é irrisório em
comparação com o que DEVERÍAMOS TER PARA OFERECER.
Quem sabe ainda vivo para ver a Hotelaria Brasileira agindo
com PROFISSIONALISMO no lugar desse eterno e mal fadado OPORTUNISMO.
E acreditem com gestão séria consciente e sem oportunismos:
“Não há hotel que não dê lucro, o que existe são Hotéis mal
administrados".
Vamos responder ao título: - Hoje lucro a médio e longo
prazo, prejuízo ou baixíssima rentabilidade
Comentários
Postar um comentário